Perspectiva, a segunda exposição:

Perspectiva, a segunda exposição individual aponta caminhos futuros. Veja aqui:

 

Perspectiva - perspectiva
“Perspectiva”
Pastel s/ papel
70x100cm
1984
Perspectiva - rosachoque
“Rosachoque”
Pastel s/ papel
66,5x47cm
1982
Perspectiva - barba azul
“Barba Azul”
Pastel s/ tela
66,5x46cm                                                                            1980
Perspectiva - ausencia
“Ausência”
Pastel s/ papel
70×50 cm
1.984
Perspectiva - presença
“Presença”
Pastel s/ papel
50x50cm
1984
Perspectiva - videoart
“Videoart”
Pastel s/papel
48×65,3cm
1979
Perspectiva - jornal nacional
“Jornal Nacional”
Pastel s/ papel
58x47cm
1979
Perspectiva - a sena da menina
“A Sina da Menina”
Pastel s/ papel
47,56cm
1982
Perspectiva - repressão
“Repressão”
Pastel s/ papel
46,5×59,8cm
1981
Perspectiva - fim de noite
“Fim-de-noite”
Pastel s/ papel
66,5×46,5cm
1981

 

Fortuna Crítica:

 

Perspectiva
Determinadas situações, determinados momentos, trazem dentro de si o encanto mágico da revelação: a magia da descoberta do novo.
Encontro sobre minha mesa, trazidos por amigos, dois trabalhos de um jovem desconhecido, ainda, artista.
Entre, rever, descobrir, o encantamento total, a descoberta: Odilon Cavalcanti.
Em um momento de extremas indefinições, onde todos os modismos passaram e envelheceram. Envenenaram-se com suas próprias armas e, onde os pós transformam-se imediatamente em póstumos, onde as vanguardas, transvanguardas e todas as suas possíveis variações esclerosam e são devoradas por si mesmo, é muito bom, absolutamente gratificante encontrar um artista. encontrar um artista que não se esqueceu do ofício de criar, que não esqueceu da qualidade, a impossibilidade do ser sem invenção, a certeza única e decidida da qualidade.
Odilon Cavalcanti trata as cores e situações, transforma suas necessidades criativas, inventa, com qualidade e conhecimento.
Conhece. Cria e Transforma. Busca.
Densamente, misteriosas, suas massas indefinidas, suas cores intensamente penetrantes, insinuações de figuras e elementos, quase corpos: corpos, se cruzam, interpenetrando, criando muito mais que uma leitura, colocando uma situação visual, provocando uma situação emocional.
São imagens em formação, em nenhum momento em deformação.
Odilon Cavalcanti, em toda a sua constância de trabalho, aliado ao fato mistério um permanente elemento provocador, motivador e catalisador elo vital na relação quadro espectador.
Em nenhum momento este elemento provocador deixa de estar presente, de funcionar, de motivar.
Existe sempre uma constante a colocar o espectador como uma personagem, a buscar a ligação e a continuidade da situação motivada.
Em todos os seus trabalhos, o ponto de fuga, ainda que meramente insinuado está presente e atuante.
É ele o elo, o momento e a decisão.
Consideramos realmente importante e, importante em todas as suas gamas, esta mostra e o descobrimento de um artista como Odilon Cavalcanti.
Sentimos que este é o seu momento inicial.
Mesmo sendo já um momento definido e amadurecido.
Garantimos que mais que uma revelação é a confirmação de um artista do mais alto nível de qualidade.
O Studio José Duarte de Aguiar, em sua continuidade de trabalho, onde qualidade e inventividade são básicos e fundamentais, se sente absolutamente engrandecido em mostrar ao público do Rio e de São Paulo a obra de Odilon Cavalcanti.
Estamos mostrando e fazendo ver um artista lúcido, forte e coerente, com uma carga de talento pouco igualada no momento.
Temos certeza que estas duas mostras são motivos de grande e gratificante prazer.
E também de inquietação…

José Duarte de Aguiar

 

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